Geek Girls na Eurotux!
No dia 8 de novembro, recebemos as Geek Girls nas instalações da Eurotux. Daniela Costa, Chief Operating Officer da Eurotux e da Dipcode, fez uma apresentação em que explicou como é que alguém com pretensões a ser líder se pode preparar para melhor trilhar esse caminho e deu algumas dicas importantes. Catarina Caçote, da Scrum Master, partilhou métodos, ferramentas e o mindset mais ágil para assegurar um processo de continua melhoria nas equipas.
Aproveitámos para perguntar a estas Geek Girls o que é ser uma Geek Girl num mundo maioritariamente masculino. Daniela Costa explica que «é uma grande oportunidade: a diversidade enriquece as empresas com diferentes perspetivas e abordagens. A tecnologia ocupa um lugar central em quase todos os aspetos da vida moderna, e é fundamental que as soluções tecnológicas reflitam as necessidades de todos os utilizadores. Por outro lado, faltam modelos femininos nos domínios STEM. Ao mostrar competência e dedicação, elas não só afirmam o seu lugar na indústria, como também inspiram outras mulheres e jovens a seguir os seus passos.»
Catarina Caçote sublinha que se trata de um cenário «desafiante, motivador e “histórico”! Desafiante, pela nossa vontade em abraçar as oportunidades ao longo da nossa jornada e nos propormos a novos objetivos constantemente. Motivador, em concretizá-los um a um, dia após dia, adaptando-nos, crescendo e evoluindo! E histórico, por sabermos que, no final do dia, tudo tem um propósito, por marcarmos a diferença e inspirarmos as outras Geek Girls a acreditarem!». Esta líder acredita «que há oportunidades e espaço para todos evoluirmos! Basta respeitarmos esse espaço uns dos outros!».
Questionadas sobre os principais desafios das mulheres no mercado das TI, o feedback é abrangente. Daniela Costa afirma que o maior desafio «éa constante evolução tecnológica, que requer uma atualização permanente dos conhecimentos – um desafio que se aplica a qualquer profissional que abraça esta área, independentemente do género.» A responsável da Eurotux e da Dipcode lembra que «as mulheres enfrentam o desafio da visibilidade devido à sua menor representação numérica. É crucial que as profissionais que já estão na área se posicionem como modelos a seguir, incentivando assim outras mulheres e jovens. Cada vez mais empresas de TI adotam políticas de trabalho flexíveis, que beneficiam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, permitindo que as mulheres progridam na sua carreira sem terem de sacrificar a vida familiar ou a maternidade.»
Catarina Caçote lamenta que «infelizmente, ainda são visíveis discrepâncias em cargos de direção e liderança nas áreas de TI. Muitas vezes, mulheres que ocupam estas posições possuem a necessidade de provar continuamente as suas capacidades e a aptidão para desempenhar as suas funções. Existe também uma tendência para descredibilizar mais facilmente as suas opiniões, principalmente em situações de tomada de decisão». A oradora no evento que teve lugar na Eurotux sublinha ainda que «a falta de mentoria e liderança adequada pode levar a falta de oportunidades de evolução ou novos desafios», mas mostra-se otimista, argumentando que «estamos a evoluir positivamente em relação a estes pontos. Sinto que tive as mesmas oportunidades que os meus/minhas colegas e espero que isto se torne a regra e não a exceção!».